quarta-feira, 9 de novembro de 2011

Ensinando o cavalo a voar

Ensinando o cavalo a voar





Um velho rei da Índia condenou um homem à forca.
Assim que terminou o julgamento, o condenado pediu:
“Vossa Majestade é um homem sábio, e curioso com tudo que os seus súditos conseguem fazer. Respeita os gurus, os sábios, os encantadores de serpentes, os faquires. Pois bem: quando eu era criança, meu avô me transmitiu a técnica de fazer um cavalo branco voar. Não existe mais ninguém neste reino que saiba isto, de modo que minha vida deve ser poupada”.
O rei imediatamente mandou trazer um cavalo branco.
“Preciso ficar dois anos com este animal”, disse o condenado.
“Você terá mais dois anos”, respondeu o rei, a esta altura meio desconfiado. “Mas se este cavalo não aprender a voar, será enforcado”.
O homem saiu dali com o cavalo, feliz da vida. Ao chegar em casa, encontrou toda a sua família em prantos.
“Você está louco?”, gritavam todos. “Desde quando alguém desta casa sabe como fazer um cavalo voar?”
“Não se preocupem, porque a preocupação nunca ajudou ninguém a resolver seus problemas”, respondeu ele. “E eu não tenho nada a perder, será que vocês não entendem? Primeiro nunca alguém tentou ensinar um cavalo a voar, e pode ser que ele aprenda. Segundo, o rei está muito velho, e pode morrer neste dois anos. Terceiro, o animal também pode morrer, e eu conseguirei mais dois anos para treinar um novo cavalo. Isso sem contar a possibilidade de revoluções, golpes de estado, anistias gerais. Finalmente, se tudo continuar como está, eu ganhei dois anos de vida, onde posso fazer tudo o que tenho vontade: vocês acham pouco?”


Paulo Coelho







A DESPEDIDA DO AMOR




A DESPEDIDA DO AMOR


Martha Medeiros

Existem duas dores de amor:
A primeira é quando a relação termina e a gente, seguindo amando, tem que
se acostumar com a ausência do outro, com a sensação de perda, de
rejeição e com a falta de perspectiva, já que ainda estamos tão
embrulhados na dor que não conseguimos ver luz no fim do túnel.
A segunda dor é quando começamos a vislumbrar a luz no fim do túnel.
A mais dilacerante é a dor física da falta de beijos e abraços, a dor de
virar desimportante para o ser amado. Mas, quando esta dor passa,
começamos um outro ritual de despedida: a dor de abandonar o amor que
sentíamos. A dor de esvaziar o coração, de remover a saudade, de ficar
livre, sem sentimento especial por aquela pessoa. Dói também...Na
verdade, ficamos apegados ao amor tanto quanto à pessoa que o gerou.
Muitas pessoas reclamam por não conseguir se desprender de alguém. É
que, sem se darem conta, não querem se desprender. Aquele amor, mesmo
não retribuído, tornou-se um souvenir, lembrança de uma época bonita que
foi vivida... Passou a ser um bem de valor inestimável, é uma sensação à
qual a gente se apega. Faz parte de nós. Queremos, logicamente, voltar a
ser alegres e disponíveis, mas para isso é preciso abrir mão de algo
que nos foi caro por muito tempo, que de certa maneira entranhou-se na
gente, e que só com muito esforço é possível alforriar.
É uma dor
mais amena, quase imperceptível. Talvez, por isso, costuma durar mais do
que a "dor-de-cotovelo" propriamente dita. É uma dor que nos confunde.
Parece ser aquela mesma dor primeira, mas já é outra. A pessoa que nos
deixou já não nos interessa mais, mas interessa o amor que sentíamos por
ela, aquele amor que nos justificava como seres humanos, que nos
colocava dentro das estatísticas: "Eu amo, logo existo".
Despedir-se de um amor é despedir-se de si mesmo. É o arremate de uma história que
terminou, externamente, sem nossa concordância, mas que precisa também
sair de dentro da gente...
E só então a gente poderá amar, de novo.

TERAPIA DO ELOGIO



TERAPIA DO ELOGIO


Renomados terapeutas que trabalham com famílias, divulgaram uma recente
pesquisa onde nota-se que os membros das famílias brasileiras estão cada
vez mais frios, não existe mais carinho, não valorizam mais as qualidades,
só se ouvem críticas. As pessoas estão cada vez mais intolerantes e se
desgastam valorizando os defeitos dos outros. Por isso, os relacionamentos
de hoje não duram.
A ausência de elogio está cada vez mais presente nas famílias de média e
alta renda. Não vemos mais homens elogiando suas mulheres ou vice-versa,
não vemos chefes elogiando o trabalho de seus subordinados, não vemos mais
pais e filhos se elogiando, amigos, etc.
Só vemos pessoas fúteis valorizando artistas, cantores, pessoas que usam a
imagem para ganhar dinheiro e que, por conseqüência são pessoas que tem a
obrigação de cuidar do corpo, do rosto.
Essa ausência de elogio tem afetado muito as famílias. A falta de diálogo
em seus lares, o excesso de orgulho impede que as pessoas digam o que
sentem e levam essa carência para dentro dos consultórios. Acabam com seus
casamentos, acabam procurando em outras pessoas o que não conseguem dentro de casa.
Vamos começar a valorizar nossas famílias, amigos, alunos,subordinados. Vamos
elogiar o bom profissional, a boa atitude, a ética, a beleza de nossos
parceiros ou nossas parceiras, o comportamento de nossos filhos.
Vamos observar o que as pessoas gostam. O bom profissional gosta de ser
reconhecido, o bom filho gosta de ser reconhecido, o bom pai ou a boa mãe
gostam de ser reconhecidos, o bom amigo, a boa dona de casa, a mulher que
se cuida, o homem que se cuida, enfim vivemos numa sociedade em que um
precisa do outro, é impossível um homem viver sozinho, e os elogios são a
motivação na vida de qualquer pessoa.
Quantas pessoas você poderá fazer feliz hoje elogiando de alguma forma?
Então elogie alguém hoje!
Eu começo!!

Você é muito especial e com certeza o mundo

é mais bonito por causa de você!