segunda-feira, 8 de dezembro de 2008

TEMPESTADES

Tempestades

Aos olhos de quem assiste de longe,depois da tempestade que sacudiu a vila,restou apenas os escombros de uma vida,restos de uma história que agora jazem no chão.

Fotografias, eletrodomésticos, móveis,tudo destruído e embolados pela lama.Lágrimas...

Mas,
para o dono da casa existe algo mais,em cada canto de parede uma história,emoções que não contam no censo,lutas, conquistas, celebrações,derrotas, contratempos e decepções,tudo embolado com a lama.Mas ninguém vê.Sentimentos...

Eis o que resta de toda vida,as emoções vividas, o bom combate travado,o que sentimos e guardamos na alma.

Sempre:o cheiro da nossa fronha, não o travesseiro,a sensação da nossa cama, não o colchão,o conforto da nossa roupa, não a etiqueta da calça,a proteção do nosso calçado, não a origem do sapato.o amor que sentimos,
não o que esperamos de alguém.Certezas...

Tudo pode estar no chão agora,podem ter roubado tudo de você, a sua paz, o seu chão, até a sua liberdade,só não deixe que roubem as suas certezas,o que você já tem em seu interior,o conhecimento, a vivência, o amor.

São esses os materiais que você
precisa agora e sempre,para reconstruir a sua "casa" depois do furacão,e enquanto todos enxergam destroços,você, com esperança e certeza, vai enxergar a vida que se abre para
"o reconstruir",e tudo começa agora,
com essa vontade louca de ser feliz!

Não desista de você!

Eu acredito em você!

TEXTO: Paulo Roberto Gaefke

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