A tesoura de ouro
Certa vez, um rei resolveu visitar Farid, um notável místico sufi. O rei havia lhe trazido como presente uma linda tesoura de ouro, ornamentada de diamantes – muito valiosa, muito rara, algo único. O rei se ajoelhou em frente de Farid, em sinal de respeito e admiração, e lhe deu a tesoura.
Farid pegou a tesoura, olhou e a devolveu para o rei, dizendo:
- Senhor, muito obrigada pelo lindo presente que me trouxe, mas é inútil para mim. Será melhor se puder me dar uma agulha. Tesoura, não necessito, apenas uma agulha é o suficiente.
O rei não entendeu, por isso disse:
- Não compreendo. Se você necessita de uma agulha, precisa também de uma tesoura.
Farid respondeu:
- Tesouras cortam as coisas em pedaços. A agulha une. Eu ensino o amor. Unindo as coisas, ensino a comunhão entre as pessoas. Tesouras são inúteis, cortam, separam. Da próxima vez que vier, senhor, uma agulha será o suficiente.
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