quinta-feira, 14 de julho de 2011

Desapego...

Desapego...



Chega um momento em que precisamos nos desapegar. E esta ação descrita no dicionário como “falta de afeição” é antônimo, é claro, de “sentimento de afeição, de simpatia por alguém ou alguma coisa”. E o apego faz parte da vida do ser humano. Impossível viver e amar sem apegar-se!
Mas praticar o desapego nem sempre é fácil. Leva a gente a um grande exercício de deixar o "confortável", sair de si mesmo e imaginar o que pode vir depois.
O apego normalmente está ligado aos vínculos afetivos que construímos ao longo de nossa vida. É assim com um par de tênis velho, uma jaqueta, um casaco puído... Pode olhar em seu guarda-roupa e em seus armários. Vai ver que muita coisa que tem lá você nem usa mais. Mas existe uma ligação afetiva, uma lembrança, um conforto de saber que aquilo "lhe pertence". Que aquelas coisas te fizeram um bem danado em alguma época de sua vida.
Psicólogos nos aconselham a fazer uma “limpeza” em nossos armários de vez em quando, para praticar o difícil exercício do desapego. Porque tal como nossas roupas e calçados, nossas relações precisam ser "renovadas". E veja só: falei "renovadas" e não "perdidas". As roupas podem ser doadas ou transformadas em "cobertor" para o cachorro, pano de chão, sei lá. Já os momentos bons que você viveu vão ficar com você para sempre. A roupa que vestia ou o calçado que cobria seus pés, eram só sua "casca". O bom ficou aí dentro de você!
E precisamos pensar assim quando mudanças se fazem necessárias em outras esferas de nossas vidas. Como mudar de cidade ou "desocupar" um cargo. Não é fácil deixar aquilo que acreditamos "nosso". Entregar nossos projetos tão carinhosamente sonhados em mãos de outrem. Imaginar nossas conquistas e progressos não valorizados pelo nosso sucessor.
Acredito mesmo que o melhor seja "não imaginar"...
Coisa boa é pensar no que vem depois! Nos novos espaços, nas novas lutas, nas prováveis vitórias. No recomeço em outro lugar... Porque Deus não nos leva a lugares sem pensar que ali devemos permanecer ENQUANTO SOMOS NECESSÁRIOS. Confie nas sementes que plantou. O solo era fértil? Você adubou bem? Elas vão germinar e florescer, independente de quem fará a colheita.
Desapegue-se. Seja feliz pensando em um novo "apego", em novos projetos, em novas construções...

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